sexta-feira, 18 de julho de 2014

               


                    cultura pernambucana


Nossa cultura é rica, verdadeira referência para o mundo.

Origem e proveniência do maracatuRainha do Darue

O maracatu é um ritmo traditional do nordeste do Brasil. Nas cidades Recife e Olinda, no coração do estado de Pernambuco, o maracatu desenvolveu-se a mais de 400 anos da musica e tradição das escravos proveniente da Africa.
De saída do Porto Novo, os Português exportavam do reino Dahomey com a capital Abomey (hoje Benin) membros das tribos das Fon, Nagô, Yoruba, Adja, Ewes e Minas. Com as escravos vem tambem os cultos do vudu (Orixa na lingua Yoruba) para América do Sul.
Misturado com as religiãos das tribos da Africa central desenvolveu-se o Candomblé. A maioria dos cantos e preces do Brasil até Haiti e Cuba estão até hoje en Yoruba, Nago ou Goun, outra lingua da Africa do leste. Para os português "Kongo" fiquei uma denominação semplificada.
(mais informações da Pierre Fatumbi Verger)
A palavra Maracatu denominava uma reunião barulhento de homem negros ou mulatos e tenhava uma intonação negativa. No tempo de carnaval tenho dado permissão aos escravos de viver em publico seus tradições e religião. Aí eles celebravam a coroação do rei e da rainha.
Vestido com as roupas barrocas descartadas das Portuguêses as integrantes do desfile formavam a corte para o rei e a rainha: principe e princesa, duque e duquesa, barão e baronesa, embaixador, porta estan-darte, porta sombrinha, batuqueiros, damas da corte e damas de passo, a primeira dama da corte, que, durante o defiles, leva a boneca -chamada calunga- que simbolisa as rainhas mortas.
Desde o século 17 o maracatu é tocado mais ou menos como hoje: O gongue faz o ritmo, as caixas, tambores de guerra, formão o tapete de ritmo com os ganzas e shekere e as alfaias, os tambores de madeira, que tocão os toques differentes, -variações do ritmo.
                                

                                            frevo

Surgido na cidade do Recife no fim do século XIX, o frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte.1
capoeira, luta desenvolvida por escravos africanos em solo brasileiro e que tem em Pernambuco um de seus berços, influenciou diretamente as origens do frevo.2
O frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval para proporcionar mais animação nos folguedos. Com o decorrer do tempo, o frevo ganhou características próprias.Em 1957, o frevo Evocação nº 1, de Nelson Ferreira, gravado pelo bloco Batutas de São José (o chamado frevo de bloco) invadiria o carnaval carioca derrotando a marchinha e o samba. O lançamento era da gravadora local, Mocambo, que se destacaria no registro de inúmeros frevos e em especial a obra de seus dois maiores compositores, Nelson (Heráclito Alves) Ferreira (1902-1976) e Capiba. Além de prosseguir até o número 7 da série Evocação, Nelson Ferreira teve êxitos como o frevo Veneza Brasileira, gravado pela sambista Aracy de Almeida e outros como No PassoCarnaval da VitóriaDedéO Dia Vem RaiandoBorboleta Não É AveFrevo da Saudade. A exemplo de Nelson, Capiba também teve sucessos em outros estilos como a clássica valsa canção Maria Bethânia gravada por Nelson Gonçalves em 1943, que inspiraria o nome da cantora. Depois do referido É de Amargar, de 1934, primeiro lugar no concurso do Diario de Pernambuco, Capiba emplacou Manda Embora Essa Tristeza (Aracy de Almeida, 1936), e vários outros frevos que seriam regravados pelas gerações seguintes como De Chapéu de Sol AbertoTenho uma Coisa pra lhe DizerQuem Vai pro Farol é o Bonde de OlindaLinda Flor da MadrugadaA pisada é essaGosto de Te Ver Cantando.
A baiana Gal Costa misturou frevo, dobrado e tintura funk (do arranjador Lincoln Olivetti) num de seus maiores sucessos, Festa do Interior (Moraes Moreira/Abel Silva) e a safra nordestina posterior não deixou a sombrinha cair. O pernambucano Carlos Fernando, autor do explosivo Banho de Cheiro, sucesso da paraibana Elba Ramalho, organizou uma série de discos intitulada Asas da América a partir do começo dos 1980.6
Alceu Valença iniciou-se no gênero com a série de discos Asas da América, idealizada por Carlos Fernando, nos anos 80. Neste período, compõe os frevos Homem da Meia-NoiteSou Eu Teu AmorMenina PernambucanaPitomba Pitombeira. Recria o clássico Voltei Recife, de Luiz Bandeira. Seguem-se sucessos como Bom DemaisMe Segura Que Senão Eu CaioBeijando a FloraRoda e AvisaDe Janeiro a Janeiro, entre outros. Tropicana ganhou versão em frevo, orquestrada pelo maestro Duda. Em 2006, reúne 150 mil pessoas em Recife na gravação do DVD carnavalesco Marco Zero. Em 2013, lança o disco Amigo da Arte, também dedicado ao frevo e aos gêneros do carnaval. Seu show anual de carnaval no Marco Zero é um dos principais eventos do calendário da música e da cultura de Pernambuco.


                  Usina Catende
fundaçao de joaquim nabuco













Está situada no município de Catende, na margem esquerda do rio Pirangi, numa altitude de 153 metros.
Fundada, em 1890, com o nome de usina Correia da Silva, em homenagem ao então vice-governador do Estado, foi originalmente construída pelo inglês Carlos Sinden e seu sogro Felipe Paes de Oliveira. Esse nome, no entanto nunca se consagrou, sendo a usina sempre chamada de Catende.

Em 1892, passou a ser usina Catende, construída no antigo engenho Milagre da Conceição, fundado em 1829.

A usina não teve sucesso, sendo entregue a credores, entre os quais o Banco de Pernambuco. Houve várias tentativas de exploração, mas sem resultados, até que, em 1907, foi adquirida pela firma Mendes Lima & Cia, que a reformou (1912), aumentando a sua capacidade de moagem de 200 para 1000 toneladas diárias.

Os proprietários, no entanto, eram comerciantes e não industriais. Interessava-lhes vender o açúcar e não fabricá-lo. A usina foi novamente vendida, dessa vez para a firma Costa, Oliveira & Cia.

Com a saída dos demais sócios, em 1927, a usina passou a ser propriedade do coronel Antônio Ferreira da Costa Azevedo, conhecido pelo apelido de Seu Tenente, que revolucionou toda a zona canavieira da mata sul de Pernambuco, com seu sistema técnico e administrativo, servindo de exemplo para diversas usinas da região.

Em 1929, a usina era considerada a maior do Brasil em produção e capacidade. Possuía 43 propriedades agrícolas, uma via férrea de 140 quilômetros, 11 locomotivas e 266 vagões. O transporte da cana e seus produtos era feito pela Great Western.

Tinha capacidade para processar 1.500 toneladas de cana e fabricar 4.000 litros de álcool em 22 horas. Na época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 700 operários.

Possuía uma vila operária com 200 casas, uma Caixa de Beneficência e mantinha uma escola com freqüência média anual de 50 alunos.

Quando morreu, em 1950, Antônio Ferreira da Costa Azevedo, o Seu Tenente, deixou a usina Catende com uma capacidade industrial para fabricação de 1 milhão de sacos de açúcar, uma destilaria de álcool anidro (a primeira do país), 36 mil hectares de terra, 165 quilômetros de estradas de ferro e 82 engenhos de cana.

Seu filho mais velho, João Azevedo, assumiu a direção da usina. Durante a sua gestão, a usina Catende absorveu a usina Pirangi e seus dez engenhos.

Em 1973, a usina Catende foi adquirida por um grupo formado por Rui Carneiro da Cunha (co-proprietário da usina Massauassu), Alfredo Maurício de Lima Fernandes e Mário Pinto Campos. Este último, alguns anos depois, vendeu sua parte para Inaldo Pereira Guerra, comerciante de açúcar no Recife e criador de gado em Gravatá.

Entre 1922 e 1993 a usina Catende mudou sua razão social para Companhia Industrial do Nordeste Brasileiro - Usina Nossa Senhora de Fátima. 

Recife, 7 de agosto de 2003.
(Atualizado em 9 de setembro de 2009)
FONTES CONSULTADAS:

ANDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)

GONÇALVES & SILVA, O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.

MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).